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Jó 11; Jó 12; Jó 13
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Jó 11
1
Então respondeu Zofar, o naamatita, dizendo:
2
Não se dará resposta � multidão de palavras? ou será justificado o homem falador?
3
Acaso as tuas jactâncias farão calar os homens? e zombarás tu sem que ninguém te envergonhe?
4
Pois dizes: A minha doutrina é pura, e limpo sou aos teus olhos.
5
Mas, na verdade, oxalá que Deus falasse e abrisse os seus lábios contra ti,
6
e te fizesse saber os segredos da sabedoria, pois é multiforme o seu entendimento; sabe, pois, que Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade.
7
Poderás descobrir as coisas profundas de Deus, ou descobrir perfeitamente o Todo-Poderoso?
8
Como as alturas do céu é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o Seol; que poderás tu saber?
9
Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do que o mar.
10
Se ele passar e prender alguém, e chamar a juízo, quem o poderá impedir?
11
Pois ele conhece os homens vãos; e quando vê a iniqüidade, não atentará para ela?
12
Mas o homem vão adquirirá entendimento, quando a cria do asno montês nascer homem.
13
Se tu preparares o teu coração, e estenderes as mãos para ele;
14
se há iniqüidade na tua mão, lança-a para longe de ti, e não deixes a perversidade habitar nas tuas tendas;
15
então levantarás o teu rosto sem mácula, e estarás firme, e não temerás.
16
Pois tu te esquecerás da tua miséria; apenas te lembrarás dela como das águas que já passaram.
17
E a tua vida será mais clara do que o meio-dia; a escuridão dela será como a alva.
18
E terás confiança, porque haverá esperança; olharás ao redor de ti e repousarás seguro.
19
Deitar-te-ás, e ninguém te amedrontará; muitos procurarão obter o teu favor.
20
Mas os olhos dos ímpios desfalecerão, e para eles não haverá refúgio; a sua esperança será o expirar.
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Jó 12
1
Então Jó respondeu, dizendo:
2
Sem dúvida vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria.
3
Mas eu tenho entendimento como, vos; eu não vos sou inferior. Quem não sabe tais coisas como essas?
4
Sou motivo de riso para os meus amigos; eu, que invocava a Deus, e ele me respondia: o justo e reto servindo de irrisão!
5
No pensamento de quem está seguro há desprezo para a desgraça; ela está preparada para aquele cujos pés resvalam.
6
As tendas dos assoladores têm descanso, e os que provocam a Deus estão seguros; os que trazem o seu deus na mão!
7
Mas, pergunta agora �s alimárias, e elas te ensinarão; e �s aves do céu, e elas te farão saber;
8
ou fala com a terra, e ela te ensinará; até os peixes o mar to declararão.
9
Qual dentre todas estas coisas não sabe que a mão do Senhor fez isto?
10
Na sua mão está a vida de todo ser vivente, e o espírito de todo o gênero humano.
11
Porventura o ouvido não prova as palavras, como o paladar prova o alimento?
12
Com os anciãos está a sabedoria, e na longura de dias o entendimento.
13
Com Deus está a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento.
14
Eis que ele derriba, e não se pode reedificar; ele encerra na prisão, e não se pode abrir.
15
Ele retém as águas, e elas secam; solta-as, e elas inundam a terra.
16
Com ele está a força e a sabedoria; são dele o enganado e o enganador.
17
Aos conselheiros leva despojados, e aos juízes faz desvairar.
18
Solta o cinto dos reis, e lhes ata uma corda aos lombos.
19
Aos sacerdotes leva despojados, e aos poderosos transtorna.
20
Aos que são dignos da confiança emudece, e tira aos anciãos o discernimento.
21
Derrama desprezo sobre os príncipes, e afrouxa o cinto dos fortes.
22
Das trevas descobre coisas profundas, e traz para a luz a sombra da morte.
23
Multiplica as nações e as faz perecer; alarga as fronteiras das nações, e as leva cativas.
24
Tira o entendimento aos chefes do povo da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho.
25
Eles andam nas trevas �s apalpadelas, sem luz, e ele os faz cambalear como um ébrio.
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Jó 13
1
Eis que os meus olhos viram tudo isto, e os meus ouvidos o ouviram e entenderam.
2
O que vós sabeis também eu o sei; não vos sou inferior.
3
Mas eu falarei ao Todo-Poderoso, e quero defender-me perante Deus.
4
Vós, porém, sois forjadores de mentiras, e vós todos, médicos que não valem nada.
5
Oxalá vos calásseis de todo, pois assim passaríeis por sábios.
6
Ouvi agora a minha defesa, e escutai os argumentos dos meus lábios.
7
Falareis falsamente por Deus, e por ele proferireis mentiras?
8
Fareis aceitação da sua pessoa? Contendereis a favor de Deus?
9
Ser-vos-ia bom, se ele vos esquadrinhasse? Ou zombareis dele, como quem zomba de um homem?
10
Certamente vos repreenderá, se em oculto vos deixardes levar de respeitos humanos.
11
Não vos amedrontará a sua majestade? E não cairá sobre vós o seu terror?
12
As vossas máximas são provérbios de cinza; as vossas defesas são torres de barro.
13
Calai-vos perante mim, para que eu fale, e venha sobre mim o que vier.
14
Tomarei a minha carne entre os meus dentes, e porei a minha vida na minha mão.
15
Eis que ele me matará; não tenho esperança; contudo defenderei os meus caminhos diante dele.
16
Também isso será a minha salvação, pois o ímpio não virá perante ele.
17
Ouvi atentamente as minhas palavras, e chegue aos vossos ouvidos a minha declaração.
18
Eis que já pus em ordem a minha causa, e sei que serei achado justo:
19
Quem é o que contenderá comigo? Pois então me calaria e renderia o espírito.
20
Concede-me somente duas coisas; então não me esconderei do teu rosto:
21
desvia a tua mão rara longe de mim, e não me amedronte o teu terror.
22
Então chama tu, e eu responderei; ou eu falarei, e me responde tu.
23
Quantas iniqüidades e pecados tenho eu? Faze-me saber a minha transgressão e o meu pecado.
24
Por que escondes o teu rosto, e me tens por teu inimigo?
25
Acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco?
26
Pois escreves contra mim coisas amargas, e me fazes herdar os erros da minha mocidade;
27
também pões no tronco os meus pés, e observas todos os meus caminhos, e marcas um termo ao redor dos meus pés,
28
apesar de eu ser como uma coisa podre que se consome, e como um vestido, ao qual rói a traça.
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