Change Translation
- Recent Translations
-
Audio Available
- All Translations
-
Audio Available
Jó 5; Jó 6; Jó 7
Viewing Multiple Passages
Share
Settings
Jó 5
1
Chama agora; há alguém que te responda; E a qual dentre os entes santos te dirigirás?
2
Pois a dor destrói o louco, e a inveja mata o tolo.
3
Bem vi eu o louco lançar raízes; mas logo amaldiçoei a sua habitação:
4
Seus filhos estão longe da segurança, e são pisados nas portas, e não há quem os livre.
5
A sua messe é devorada pelo faminto, que até dentre os espinhos a tira; e o laço abre as fauces para a fazenda deles.
6
Porque a aflição não procede do pó, nem a tribulação brota da terra;
7
mas o homem nasce para a tribulação, como as faíscas voam para cima.
8
Mas quanto a mim eu buscaria a Deus, e a Deus entregaria a minha causa;
9
o qual faz coisas grandes e inescrutáveis, maravilhas sem número.
10
Ele derrama a chuva sobre a terra, e envia águas sobre os campos.
11
Ele põe num lugar alto os abatidos; e os que choram são exaltados � segurança.
12
Ele frustra as maquinações dos astutos, de modo que as suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito.
13
Ele apanha os sábios na sua própria astúcia, e o conselho dos perversos se precipita.
14
Eles de dia encontram as trevas, e ao meio-dia andam �s apalpadelas, como de noite.
15
Mas Deus livra o necessitado da espada da boca deles, e da mão do poderoso.
16
Assim há esperança para o pobre; e a iniqüidade tapa a boca.
17
Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso.
18
Pois ele faz a ferida, e ele mesmo a liga; ele fere, e as suas mãos curam.
19
Em seis angústias te livrará, e em sete o mal não te tocará.
20
Na fome te livrará da morte, e na guerra do poder da espada.
21
Do açoite da língua estarás abrigado, e não temerás a assolação, quando chegar.
22
Da assolação e da fome te rirás, e dos animais da terra não terás medo.
23
Pois até com as pedras do campo terás a tua aliança, e as feras do campo estarão em paz contigo.
24
Saberás que a tua tenda está em paz; visitarás o teu rebanho, e nada te faltará.
25
Também saberás que se multiplicará a tua descendência e a tua posteridade como a erva da terra.
26
Em boa velhice irás � sepultura, como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo.
27
Eis que isso já o havemos inquirido, e assim o é; ouve-o, e conhece-o para teu bem.
The Almeida Atualizada is in the public domain.
Jó 6
1
Então Jó, respondendo, disse:
2
Oxalá de fato se pesasse a minhá magoa, e juntamente na balança se pusesse a minha calamidade!
3
Pois, na verdade, seria mais pesada do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido temerárias.
4
Porque as flechas do Todo-Poderoso se cravaram em mim, e o meu espírito suga o veneno delas; os terrores de Deus se arregimentam contra mim.
5
Zurrará o asno montês quando tiver erva? Ou mugirá o boi junto ao seu pasto?:
6
Pode se comer sem sal o que é insípido? Ou há gosto na clara do ovo?
7
Nessas coisas a minha alma recusa tocar, pois são para mim qual comida repugnante.
8
Quem dera que se cumprisse o meu rogo, e que Deus me desse o que anelo!
9
que fosse do agrado de Deus esmagar-me; que soltasse a sua mão, e me exterminasse!
10
Isto ainda seria a minha consolação, e exultaria na dor que não me poupa; porque não tenho negado as palavras do Santo.
11
Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que me porte com paciência?
12
É a minha força a força da pedra? Ou é de bronze a minha carne?
13
Na verdade não há em mim socorro nenhum. Não me desamparou todo o auxílio eficaz?
14
Ao que desfalece devia o amigo mostrar compaixão; mesmo ao que abandona o temor do Todo-Poderoso.
15
Meus irmãos houveram-se aleivosamente, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,
16
os quais se turvam com o gelo, e neles se esconde a neve;
17
no tempo do calor vão minguando; e quando o calor vem, desaparecem do seu lugar.
18
As caravanas se desviam do seu curso; sobem ao deserto, e perecem.
19
As caravanas de Tema olham; os viandantes de Sabá por eles esperam.
20
Ficam envergonhados por terem confiado; e, chegando ali, se confundem.
21
Agora, pois, tais vos tornastes para mim; vedes a minha calamidade e temeis.
22
Acaso disse eu: Dai-me um presente? Ou: Fazei-me uma oferta de vossos bens?
23
Ou: Livrai-me das mãos do adversário? Ou: Resgatai-me das mãos dos opressores ?
24
Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei.
25
Quão poderosas são as palavras da boa razão! Mas que é o que a vossa argüição reprova?
26
Acaso pretendeis reprovar palavras, embora sejam as razões do desesperado como vento?
27
Até quereis lançar sortes sobre o órfão, e fazer mercadoria do vosso amigo.
28
Agora, pois, por favor, olhai para, mim; porque de certo � vossa face não mentirei.
29
Mudai de parecer, peço-vos, não haja injustiça; sim, mudai de parecer, que a minha causa é justa.
30
Há iniqüidade na minha língua? Ou não poderia o meu paladar discernir coisas perversas?
The Almeida Atualizada is in the public domain.
Jó 7
1
Porventura não tem o homem duro serviço sobre a terra? E não são os seus dias como os do jornaleiro?
2
Como o escravo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
3
assim se me deram meses de escassez, e noites de aflição se me ordenaram.
4
Havendo-me deitado, digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até a alva.
5
A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele endurece, e torna a rebentar-se.
6
Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e chegam ao fim sem esperança.
7
Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
8
Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais.
9
Tal como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce � sepultura nunca tornará a subir.
10
Nunca mais tornará � sua casa, nem o seu lugar o conhecerá mais.
11
Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma.
12
Sou eu o mar, ou um monstro marinho, para que me ponhas uma guarda?
13
Quando digo: Confortar-me-á a minha cama, meu leito aliviará a minha queixa,
14
então me espantas com sonhos, e com visões me atemorizas;
15
de modo que eu escolheria antes a estrangulação, e a morte do que estes meus ossos.
16
A minha vida abomino; não quero viver para sempre; retira-te de mim, pois os meus dias são vaidade.
17
Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas sobre ele o teu pensamento,
18
e cada manhã o visites, e cada momento o proves?
19
Até quando não apartarás de mim a tua vista, nem me largarás, até que eu possa engolir a minha saliva?
20
Se peco, que te faço a ti, ó vigia dos homens? Por que me fizeste alvo dos teus dardos? Por que a mim mesmo me tornei pesado?
21
Por que me não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniqüidade? Pois agora me deitarei no pó; tu me buscarás, porém eu não serei mais.
The Almeida Atualizada is in the public domain.