Isaías 34; Isaías 35; Isaías 36

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Isaías 34

1 Chegai-vos, nações, para ouvir, e vós, povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo e tudo quanto ele produz.
2 Porque a indignação do Senhor está sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele determinou a sua destruição, entregou-as � matança.
3 E os seus mortos serão arrojados, e dos seus cadáveres subirá o mau cheiro; e com o seu sangue os montes se derreterão.
4 E todo o exército dos céus se dissolverá, e o céu se enrolará como um livro; e todo o seu exército desvanecerá, como desvanece a folha da vide e da figueira.
5 Pois a minha espada se embriagou no céu; eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema, para exercer juízo.
6 A espada do Senhor está cheia de sangue, está cheia de gordura, de sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de Edom.
7 E os bois selvagens cairão com eles, e os novilhos com os touros; e a sua terra embriagar-se-á de sangue, e o seu pó se engrossará de gordura.
8 Pois o Senhor tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa de Sião.
9 E os ribeiros de Edom transformarse-ão em pez, e o seu solo em enxofre, e a sua terra tornar-se-á em pez ardente.
10 Nem de noite nem de dia se apagará; para sempre a sua fumaça subirá; de geração em geração será assolada; pelos séculos dos séculos ninguém passará por ela.
11 Mas o pelicano e o ouriço a possuirão; a coruja e o corvo nela habitarão; e ele estenderá sobre ela o cordel de confusão e o prumo de vaidade.
12 Eles chamarão ao reino os seus nobres, mas nenhum haverá; e todos os seus príncipes não serão coisa nenhuma.
13 E crescerão espinhos nos seus palácios, urtigas e cardos nas suas fortalezas; e será uma habitação de chacais, um sítio para avestruzes.
14 E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilite pousará ali, e achará lugar de repouso para si.
15 Ali fará a coruja o seu ninho, e porá os seus ovos, e aninhará os seus filhotes, e os recolherá debaixo da sua sombra; também ali se ajuntarão os abutres, cada fêmea com o seu companheiro.
16 Buscai no livro do Senhor, e lede: nenhuma destas criaturas faltará, nenhuma será privada do seu companheiro; porque é a boca dele que o ordenou, e é o seu espírito que os ajuntou.
17 Ele mesmo lançou as sortes por eles, e a sua mão lhes repartiu a terra com o cordel; para sempre a possuirão; de geração em geração habitarão nela.
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Isaías 35

1 O deserto e a terra sedenta se regozijarão; e o ermo exultará e florescerá;
2 como o narciso florescerá abundantemente, e também exultará de júbilo e romperá em cânticos; dar-se-lhe-á a glória do Líbano, a excelência do Carmelo e Sarom; eles verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus.
3 Fortalecei as mãos fracas, e firmai os joelhos trementes.
4 Dizei aos turbados de coração: Sede fortes, não temais; eis o vosso Deus! com vingança virá, sim com a recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará.
5 Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão.
6 Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo.
7 E a miragem tornar-se-á em lago, e a terra sedenta em mananciais de águas; e nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos.
8 E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão.
9 Ali não haverá leão, nem animal feroz subirá por ele, nem se achará nele; mas os redimidos andarão por ele.
10 E os resgatados do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.
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Isaías 36

1 No ano décimo quarto do rei Ezequias Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra todas as cidades fortificadas de Judá, e as tomou.
2 Ora, o rei da Assíria enviou Rabsaqué, de Laquis a Jerusalém, ao rei Ezequias, com um grande exército; e ele parou junto ao aqueduto da piscina superior, que está junto ao caminho do campo do lavandeiro.
3 Então saíram a ter com ele Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista.
4 E Rabsaqué lhes disse: Ora, dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa em que te estribas?
5 Bem posso eu dizer: Teu conselho e poder para a guerra são apenas vãs palavras. Em quem pois agora confias, visto que contra mim te rebelas?
6 Eis que confias no Egito, aquele bordão de cana quebrada que, se alguém se apoiar nele, lhe entrará pela mão, e a furará; assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que nele confiam.
7 Mas se me disseres: No Senhor, nosso Deus, confiamos; porventura não é esse aquele cujos altos e cujos altares Ezequias tirou, e disse a Judá e a Jerusalém: Perante este altar adorareis?
8 Ora, pois, faze uma aposta com o meu senhor, o rei da Assíria; dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.
9 Como então poderás repelir um só príncipe dos menores servos do meu senhor, quando confias no Egito pelos carros e cavaleiros?
10 Porventura subi eu agora sem o Senhor contra esta terra, para destruí-la? O Senhor mesmo me disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.
11 Então disseram Eliaquim, Sebna, e Joá, a Rabsaqué: Pedimos- te que fales aos teus servos em aramaico, porque bem o entendemos; e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está sobre o muro.
12 Rabsaqué, porém, disse: Porventura mandou-me o meu senhor só ao teu senhor e a ti, para dizer estas palavras e não aos homens que estão assentados sobre o muro, que juntamente convosco hão de comer o próprio excremento e beber a propria urina?
13 Então Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz na língua judaica, e disse: Ouvi as palavras do grande rei, do rei da Assíria.
14 Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar.
15 Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no Senhor, dizendo: Infalivelmente nos livrará o Senhor, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
16 Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da Assíria: Fazei as vossas pazes comigo, e saí a mim; e coma cada um da sua vide, e da sua figueira, e beba cada um da água da sua cisterna;
17 até que eu venha, e vos leve para uma terra semelhante � vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas.
18 Guardai-vos, para que não vos engane Ezequias, dizendo: O Senhor nos livrará. Porventura os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria?
19 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? onde estão os deuses de Sefarvaim? porventura livraram eles a Samária da minha mão?
20 Quais dentre todos os deuses destes países livraram a sua terra das minhas mãos, para que o Senhor possa livrar a Jerusalém das minhas mãos?
21 Eles, porém, se calaram e não lhe responderam palavra; porque havia mandado do rei, dizendo: Não lhe respondais.
22 Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias, com as vestiduras rasgadas, e lhe referiram as palavras de Rabsaqué.
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