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Mateus 13; Mateus 14
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Mateus 13
1
No mesmo dia, tendo Jesus saído de casa, sentou-se � beira do mar;
2
e reuniram-se a ele grandes multidões, de modo que entrou num barco, e se sentou; e todo o povo estava em pé na praia.
3
E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.
4
e quando semeava, uma parte da semente caiu � beira do caminho, e vieram as aves e comeram.
5
E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda;
6
mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se.
7
E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram.
8
Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.
9
Quem tem ouvidos, ouça.
10
E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
11
Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
12
pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
13
Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.
14
E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis.
15
Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure.
16
Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17
Pois, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.
18
Ouvi, pois, vós a parábola do semeador.
19
A todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado � beira do caminho.
20
E o que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;
21
mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.
22
E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.
23
Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra, e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.
24
Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo;
25
mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
26
Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio.
27
Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?
28
Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?
29
Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
30
Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro.
31
Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou, e semeou no seu campo;
32
o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.
33
Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
34
Todas estas coisas falou Jesus �s multidões por parábolas, e sem parábolas nada lhes falava;
35
para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.
36
Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
37
E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem;
38
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o o joio são os filhos do maligno;
39
o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos.
40
Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo.
41
Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade,
42
e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.
43
Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
44
O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobrí-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
45
Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas;
46
e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.
47
Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes.
48
E, quando cheia, puxaram-na para a praia; e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora.
49
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,
50
e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.
51
Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Entendemos.
52
E disse-lhes: Por isso, todo escriba que se fez discípulo do reino dos céus é semelhante a um homem, proprietário, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.
53
E Jesus, tendo concluido estas parábolas, se retirou dali.
54
E, chegando � sua terra, ensinava o povo na sinagoga, de modo que este se maravilhava e dizia: Donde lhe vem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos?
55
Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?
56
E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?
57
E escandalizavam-se dele. Jesus, porém, lhes disse: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra e na sua própria casa.
58
E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
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Mateus 14
1
Naquele tempo Herodes, o tetrarca, ouviu a fama de Jesus,
2
e disse aos seus cortesãos: Este é João, o Batista; ele ressuscitou dentre os mortos, e por isso estes poderes milagrosos operam nele.
3
Pois Herodes havia prendido a João, e, maniatando-o, o guardara no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Felipe;
4
porque João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la.
5
E queria matá-lo, mas temia o povo; porque o tinham como profeta.
6
Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, a filha de Herodias dançou no meio dos convivas, e agradou a Herodes,
7
pelo que este prometeu com juramento dar-lhe tudo o que pedisse.
8
E instigada por sua mãe, disse ela: Dá-me aqui num prato a cabeça de João, o Batista.
9
Entristeceu-se, então, o rei; mas, por causa do juramento, e dos que estavam � mesa com ele, ordenou que se lhe desse,
10
e mandou degolar a João no cárcere;
11
e a cabeça foi trazida num prato, e dada � jovem, e ela a levou para a sua mãe.
12
Então vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; e foram anunciá-lo a Jesus.
13
Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um, lugar deserto, � parte; e quando as multidões o souberam, seguiram-no a pé desde as cidades.
14
E ele, ao desembarcar, viu uma grande multidão; e, compadecendo-se dela, curou os seus enfermos.
15
Chegada a tarde, aproximaram-se dele os discípulos, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já passada; despede as multidões, para que vão �s aldeias, e comprem o que comer.
16
Jesus, porém, lhes disse: Não precisam ir embora; dai-lhes vós de comer.
17
Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
18
E ele disse: trazei-mos aqui.
19
Tendo mandado �s multidões que se reclinassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos �s multidões.
20
Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze cestos cheios.
21
Ora, os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
22
Logo em seguida obrigou os seus discípulos a entrar no barco, e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
23
Tendo-as despedido, subiu ao monte para orar � parte. Ao anoitecer, estava ali sozinho.
24
Entrementes, o barco já estava a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.
25
 quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar.
26
Os discípulos, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, assustaram-se e disseram: É um fantasma. E gritaram de medo.
27
Jesus, porém, imediatamente lhes falou, dizendo: Tende ânimo; sou eu; não temais.
28
Respondeu-lhe Pedro: Senhor! se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas.
29
Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus.
30
Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me.
31
Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
32
E logo que subiram para o barco, o vento cessou.
33
Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.
34
Ora, terminada a travessia, chegaram � terra em Genezaré.
35
Quando os homens daquele lugar o reconheceram, mandaram por toda aquela circunvizinhança, e trouxeram-lhe todos os enfermos;
36
e rogaram-lhe que apenas os deixasse tocar a orla do seu manto; e todos os que a tocaram ficaram curados.
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